terça-feira, 6 de abril de 2010

Sempre ele.

Ele continua o mesmo.
Tem as mesmas manias. O mesmo tique nervoso de mexer a mão quando não sabe o que fazer com elas. Os mesmos olhos verdes que falam mais do que mil palavras ditas com aquela voz de travesseiro. O mesmo jeito de me olhar e me fazer sentir a única mulher do mundo. O abraço é o mesmo, o cheiro é o mesmo. Não mudou nada, nada. Nem o jeito que ele me faz sentir só por existir.

O tempo longe me fez esquecer que ele existia. Mas aí, indo embora correndo numa sexta, cheia de planos sacanas, concentrada do meu mundinho que se resumiu a semana inteira à esperar o meu celular vibrar com alguma notícia do além, eu escuto minha voz preferida, chamando meu nome. Eu esperei por isso dois anos inteiros, e quando eu parei de esperar...

É ele.
Sempre foi ele.

>20/03/2009

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