terça-feira, 6 de abril de 2010

Sempre.

Eu achei que quando passasse o tempo, ia ficar mais fácil. Achei que anos depois o meu coração passaria ileso a qualquer sinal de tua presença. Como já bem disse a Tati Bernardi uma vez, quase passa todos os dias, mas não passa nunca.

Eu já vivi mil outras histórinhas de amor que não chegaram nem aos pés da nossa meia história que até hoje mal resolvida me causa frios na barriga. Quando eu me permito viver mais, lá vem alguma coisa qualquer me lembrar que o tal cara não é você, e que ele jamais, jamais, jamais, vai me fazer sentir como você faz. Que ninguém vai me entender como você entendia. Todo mundo vai ser legal demais ou babaca demais, mas ninguém vai ser o seu meio termo que tanto me encantou.

Hoje mais uma vez a vida me pregou uma peça e lá estava você. Na nossa mesma mesa, do nosso mesmo bar, com os mesmos seus amigos que depois de um tempo viraram meus também, no mesmo dia da semana que era reservado pra nós dois, mas e figura segurando a sua mão ali do lado não era eu. Era àquela pra qual eu te entreguei sem lutar. E todos os dias isso me dói do lado esquerdo. Hoje, eu sei, aquela dorzinha chata, já cicatrizada, mas que de vez em quando faz questão de lembrar que está ali, marcada.

Sua voz ainda me incomoda e os seus olhos verdes tão fundos ainda me causam borboletas. Eu tentei não ligar e passar a impressão que não estava nem aí. Tentei pensar que não era você. Eu ri, eu falei, eu vivi, mas eu não estava inteira. Eu sei, você sabe, até ela sabe que essa coisa mal resolvida nos trás alguma coisa que eu não sei o que é, mas dói.

Eu queria você comigo. Te apresentar meus amigos, sentar do teu lado e te contar da vida. Te agradecer por tudo o que fez, mesmo distante. Te zuar porque o Palmeiras não é mais nem vice-líder e o meu Tricolor vai ser campeão de novo. Tenho tanta certeza que você pensou nisso, que me faz abrir um risinho idiota. Sabe? Daqueles que eu abria todas as terças depois de uma mensagem mais idiota ainda que você mandava no meu celular.

Sinto saudades do que fomos e me incomoda saber que eu ainda procuro você em outros alguéns. Fico feliz por um lado em saber que certas coisas não mudam, e que eu, de alguma maneira, marquei você. Nossos olhares se cruzaram tantas vezes, e em todas foi porque eu permiti. E eu sei, EU SEI, que existem certas coisas que vão ser só nossas pra sempre, e que não tem ninguém no mundo que vai tirar isso de mim, nem de você.

É, você, seus olhos verdes, seu diastema e sua voz de travesseiro ainda vão me assombrar durante algum tempo. Mas hoje eu estou mais segura de que você me leva aí, do mesmo jeitinho que eu te levo aqui. E o dia em que sentarmos pra tomar uma cerveja juntos, vai ser como se nada tivesse acontecido, e vamos continuar daquela noite em que tudo acabou, como se nunca tivesse existido o fim.

Era uma vez eu e você, meu amor. E vivemos felizes para sempre. Juntos ou não, você é o meu príncipe encantado, sempre e pra sempre.

15/11/09 - data de publicação oficial desse texto no falecido fotolog.
Vou ressuscitar os textos de lá pra cá.

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