sexta-feira, 26 de março de 2010

Sessão TPM

E o que fazer quando o encanto acaba? Quando o príncipe vira sapo? Quando o cor-de-rosa vira cinza?

Pensa comigo, mulherada: Estamos nós, lindas e belas, curtindo um lance com um cara bacana, pela primeira vez em muito tempo deixando as coisas acontecerem, sem pressa, sem tensão, sem maiores pretensões. Aí a gente pensa: "Poxa, legal. Que cara bacana. Vamos ver onde isso vai dar..." Quando de repente, não mais que de repente, a bomba: "Então, gata...eu não sei o que você quer, nem o que você está pensando, mas olha, eu não quero nada sério viu? Não quero namorar."

O primeiro impulso é aquele obvio: FILHO DE UMA PUTA! Mas depois de uma respirada profunda a gente pensa: "Hum, e eu pedi ele em namoro que horas, mesmo?" Alô, alô homens queridos do meu Brasil, um lance é um lance, um lance não é um romance ok? Nós somos plenamente capazes de manter um casinho por um mês ou dois e oi, não querer namorar. Surpreso? Não fique! É verdade!

E depois de tirar todo o esmalte da unha, de apertar as mãos tão forte que até machuca, a gente pensa de novo que né, eu não quero namorar esse cretino agora, mas se eu estou perdendo minhas sextas e sábados à noite com ele, se eu gasto minha criatividade com mensagens irreverentes, me arrumo, fico perfumada, é porque eu quero continuar conhecendo o infeliz, para, quem sabe um dia, se tudo continuar correndo bem, começar alguma coisa séria. E ele tá aqui comigo, pelo 4º fim de semana consecutivo fazendo o que mesmo, se ele não quer nada comigo nunca?

Aí o bonitão já lançou que só quer te comer. Não com essas palavras, é claro. Porque senão seria motivo para matá-lo e jogar o corpo no riacho, com requintes de crueldade. Pelo menos ele foi honesto, né? NÃO. Se você tivesse perguntado pra ele, e ele respondido. Ok, honestidade. Mas soltar no meio de uma conversa aleatória ou de um amasso mais avançado como se fosse um aviso de “olha, bonita, eu to aqui, eu quero comparecer, mas isso não significa que a gente vai namorar, viu?” não é legal.

Uma coisa é estar cedo demais. Oi, eu também não quero namorar um cara que conheço a um mês. Relacionamento é coisa séria.. Tem que conhecer, testar, aprovar, curtir...mas você não sai, sei lá, 3 meses com uma pessoa que você não dá a mínima e que você não se vê num futuro, certo? Seria certo pra nossa mente muitíssimo mais evoluída, mulheres. Mas os homens são esquisitos, sério.

Chega uma hora na vida que a gente tem só querer saber do que pode dar certo.

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Perto do fim.

E hoje eu me dei conta da falta absurda que você faz nos meus dias, e aí percebi que, talvez, essa seja a hora ideal para me livrar disso antes que fique incontrolável.

Estou com 150kgs nas costas, e eu não sei o que faz com eles. Metade do peso, é o peso da dúvida. Não sei se você está me ignorando por teste ou por descaso. O resto do peso, é neura minha mesmo. Porque eu insisto em achar que os homens são diferentes um do outro, mas não são.

Se hoje eu tô aqui em vias de ter um surto psicopata, de quem é a culpa senão minha? Sua? Claro que não. Você faz sua parte de homem, ainda com mais gentileza do que o normal. Mas já atingiu o objetivo final, então agora é partir pra outra. Não lembro se teve alguma hora que alguém me falou que ia ser diferente disso, então não sei mesmo o porquê de eu estar tão surpresa.

“Ninguém morre por isso” vão dizer as mais céticas. E a única frase que eu consigo pensar é o bom e velho ditado da esmola e do santo. E o que mais quebra meu coração, já calejado, é pensar que a porra do encanto acaba sempre. Sem explicação. Simplesmente se desfaz, passa, vai com o vento. Não adianta nem surtar, enlouquecer...uma hora a gente tem que simplesmente aceitar.

A única coisa maior que a minha loucura é o meu orgulho, e é ele quem me ensina a deixar pra lá. É um processo tenso, dolorido, mas com um resultado satisfatório no fim das contas. Melhor do que dias sem fim de angústia, de “serás”, de esforço sobre humano de ser a melhor mulher do mundo. Prefiro ser eu mesma, e deve ter alguém nesse mundão que aceite “apenas” isso, e me livre da obrigação do algo a mais.

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quinta-feira, 11 de março de 2010

Círculo vicioso.

Faz uns 10 anos que eu tento brincar de ser vidente. Prever o futuro, desvendar atitudes, ler pensamentos. E o pior é que eu acho que acerto tudo, e tenho tanta certeza que vai ser daquele jeito que eu pensei, que até a Mãe Dinah me invejaria.

Já provei pra mim mesma, por a+b, que eu posso tentar desvendar os mistérios da tua cabeça, mas nunca, nunca, nunca mesmo eu vou chegar perto do que você realmente pensa. Já faz tempo que eu tento ler você, mas acho mais fácil ler a trilogia do Senhor dos Anéis. Em japonês.

E se eu sei disso, me explica porque cargas d'água eu insisto em ficar prevendo o nosso futuro? Porque eu procuro pelo em ovo todo o santo dia pra tentar arrumar algum problema pra minha cabeça? Não aprende nunca, menina? Ou também segue aquela velha máxima do: Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço?

Eu estava indo tão bem! Com os instintos e loucuras domados, deixando as coisas acontecerem e sem me preocupar nem um pouquinhozinho assim ó com o amanhã. Mas acho que era só porque eu tinha certeza que o amanhã viria cheio de surpresas boas. E agora eu me dei conta que isso é um círculo vicioso. As boas surpresas vinham, exatamente porque eu não esperava por elas, e por não esperar, elas eram fáceis, de graça e sem cobranças. E é tão assim que as coisas têm que ser.

Será que ainda dá tempo? Até aonde vai esse labirinto? Até quando eu vou domar a inconstância que é minha melhor amiga e a pior inimiga ao mesmo tempo? Até quando eu vou fazer perguntas sem respostas, só pra tentar achar alguma coisa aleatória que me esquente o coração por alguns minutos e me faça dar aquele suspiro de alívio, que dura 3 minutos e meio: "Ufa, tá tudo bem!"

Vou voltar a fita, prometo. Voltar praquele dia onde tudo ainda fazia sentido, onde tudo era leve, inesperado, verdadeiro e surpreendente. É isso o que eu quero pra minha vida, e é isso que eu quero oferecer. Pra você, pra mim, praquele outro, pros meus amigos...

O melhor de tudo é saber que, no final, tudo vai ficar bem. Não existem motivos que me façam duvidar disso, e eu não procurarei mais por eles desesperadamente. Vou tomar outro café, acabar o meu release, e esperar pela surpresa que pode não vir hoje, nem amanhã, mas virá. Virá pela certeza que eu tenho de que eu não preciso dela, e nem você de mim. Mas pela vontade que eu tenho, todos os dias, de tirar um sorriso enorme de você e imaginar a sua cara maquinando algum jeito de me deixar assim, completamente maluca, às vezes.

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segunda-feira, 8 de março de 2010

O meu mais novo amor.

Eu, que um dia quase morri de amores por você, hoje morro de amores por mim. Aprendi que antes de me dedicar à qualquer outra pessoa, eu tenho que me dedicar àquela que sempre esteve aqui: eu. E parar com a arte do auto-boicote que eu venho praticando freneticamente nos últimos 15 anos.

Nunca vi mulher pra gostar de ser mal tratada como eu. Vai gostar do que é difícil lá na Irlanda! Arruma um hobby ao invés de ficar caçando desafios para o coração e auto-estima. Vai dançar, vai fazer teatro, vai jogar damas, prestar assistência jurídica gratuita nas comunidades carentes, vai escrever um livro, tricotar, escalar montanhas. Sei lá, arrumar outra coisa menos perigosa para o coração (sim, escalar montanhas é igualmente desafiador e muitíssimo menos perigoso, pelo menos para o coração).

Não sei porque é tão difícil para mim aceitar que posso sim ser amada pelo que eu sou. E mais ainda, porque só consigo me envolver com àquele que não mostra o menor interesse em me ter por perto. Desafios são bacanas, eu sei. É legal conquistar, fazer, acontecer. Mas hoje eu estou numa momento da minha vida em que eu quero ser conquistada, poxa vida.

Quero alguém fazendo loucuras por mim, me ligando de madrugada bêbado dizendo que está com saudades, passando em casa depois de um dia de trabalho e fazendo cafuné pra eu dormir. Quero atenção gratuita e não ficar mendigando por um sinal de vida. É a minha vez de decidir onde ir, de dar bolo, de deixar esperando, de arrancar sorrisos. Eu quem decido agora. Quem manda sou eu. Vai ser do jeito que eu quiser, e SE eu quiser. Eu mereço ser bem tratada pelo menos uma vez na vida. Mereço querer ser bem tratada e não ficar me remoendo pelos cantos por alguém que só me judia. Vou me permitir ser feliz, vou deixar que tentem me fazer feliz.

Pela primeira vez em 23 anos não vou me preocupar em fazer ninguém feliz, em completar ninguém, em ser a tampa que encaixa perfeitamente na panela dele. Vou ser feita feliz, vou ser completada, vou ser a panela sem tampa que espera pra ser fechada, ou que cozinha aberta mesmo. Gostar de quem gosta de mim deve ter alguma vantagem, e uma hora ou outra eu vou ter que encarar a realidade doída de que, talvez, eu acabe passando o resto da minha vida com um cara que não seja o amor da minha vida. Que o frio na barriga uma hora passa. Que a rotina existe mesmo, e pra todo mundo. Que o tal do amor talvez não seja tudo, ou que ele apareça com o tempo e não à primeira vista. Eu estou perdidamente apaixonada por mim, e pela primeira vez em muitos anos, é completamente recíproco.

Adeus você!

Não tenho pretensão de ser a Tati Bernardi, mas desde pequena eu me senti melhor colocando meus pensamentos em palavras. Eles ficam mais organizados, mais explícitos e mais fáceis de entender.

Faz tempo que eu não sento e escrevo. Sempre foi mais fácil pra mim sentar e colocar tudo pra fora, mas ando tendo problemas com as palavras. Lá no fotolog (www.fotolog.com/giii, pros curiosos) as palavras fluiam. Aqui no blog, tá difícil.
Resolvi ressucitar isso aqui não sei bem o porque. Talvez seja a vontade maluca de gritar pro mundo umas mil coisas que andam entaladas na garganta. Ou talvez seja mesmo a necessidade de organizar meus pensamentos outra vez. Me expôr pra me resolver. Vai saber...

2010 veio que veio. Hoje é dia 8 de março e eu já tenho histórias pra mil livros. Me falta a coragem de colocá-las todas em palavras, mas tem coisa que ainda dói, incomoda, arde, queima. Me diz como eu boto isso em palavras leves? Não tem como!

Tenho um ou dois textos no forno sobre assuntos específicos, tenho um outro que tá pra sair desde o dia 30 de dezembro de 2009, e eu ainda não consegui finalizar, apesar de o fim da história já ter chegado faz tempo. O mais recente, eu comecei na sexta, quando ele não fazia sentido algum, e tô tentando terminar hoje quando ele faz todo o sentido do mundo. Mas é que as coisas mudam tanto e tão rápido que até o fim do dia eu tenho certeza que mudo o final 3 vezes. Pelo menos.

E é pra isso que existe os meus arquivos, o back space, e o litro de café aqui do meu lado. Apesar de tudo, eu sinto que ainda tem muita história pra escrever.

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